Confiança dos empresários do comércio sofre segunda queda consecutiva - Revista Anamaco

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Confiança dos empresários do comércio sofre segunda queda consecutiva

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), recuou em janeiro, pelo segundo mês seguido, fechando em baixa de 4,4% (de 119,3 pontos em dezembro, para 114 pontos no primeiro mês do ano). Na comparação anual, a queda foi um pouco maior: 4,7%.
Os outros dois indicadores analisados pela entidade referentes à intenção de expandir os negócios e à situação dos estoques, também apresentaram índices negativos: 6,1% e 1,4%, respectivamente.
Na análise da FecomercioSP, o cenário é justificado pelas preocupações com a conjuntura macroeconômica: alto endividamento das famílias, juros elevados, inflação em alta e política econômica a ser adotada pelo novo governo.
Dentre as variáveis que integram o índice, a que avalia as condições atuais (ICAEC) recuou 1,5%, passando de 103,4 pontos, em dezembro para 101,9, em janeiro. Já o IEEC, que mensura as expectativas, apresentou retração de 6,8% - de 146,5 para 136,6 pontos, na mesma comparação. Na base de comparação anual, o primeiro indicador avançou 0,7%, o segundo caiu 8,3% e o terceiro recuou 4,8%.
De acordo com a Federação, além da queda do nível de atividade, a indefinição quanto ao novo governo parece influenciar mais as expectativas dos empresários do que o sentimento em relação às condições presentes.
O estudo revela que o Índice de Expansão do Comércio (IEC) fechou com variação negativa de 6,1% (de 118,1 em dezembro para 110,9 pontos em janeiro). Na comparação interanual, o indicador recuou 7,1%.
Por outro lado, o índice que mede as Expectativas para Contratação de Funcionários subiu 1,3%, ao passar de 119 em dezembro para 120,5 pontos. Já o Nível de Investimento das Empresas registrou queda de 23% (saiu de 131,5 para 101,3 pontos em janeiro). Na comparação interanual, os dois quesitos obtiveram resultados negativos: -12,9% e -0,9%, respectivamente.
Já o Índice de Estoque (IE) caiu 1,4%, passando de 116,1 pontos, em dezembro, para 114,5 pontos, em janeiro. Em comparação a janeiro do ano passado, o indicador recuou 2,7%.
A pesquisa indica que a proporção dos empresários que consideram a situação adequada dos seus estoques também registrou queda de 0,9%: de 58%, no último mês de 2022, para 57,2%, em janeiro. Aqueles que relatam a situação inadequada para cima do desejado apresentou porcentual negativo de 0,2% (de 27,4% para 27,2%).
O índice dos empresários que consideram os estoques inadequados para baixo do desejado avançou 0,9%: de 14,6% para 15,4%, na mesma base de comparação. A proporção dos que relatam estoques adequados segue maior do que aqueles que alegam inadequação: 57,2% contra 42,6%, respectivamente.

Foto: Adobe Stock

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