Economia

Confiança tem a terceira alta consecutiva

Melhoras na margem da economia global e sinais positivos, cada vez mais generalizados dos indicadores da atividade econômica referentes ao segundo trimestre, impulsionaram positivamente a confiança do consumidor para o segundo semestre e levou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fecomercio em junho a uma alta de 7% em relação a maio, atingindo 134,5 pontos.
No mês, o ICC subiu 8 pontos acima dos 125,73 pontos verificados no mês passado. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o índice registrou queda de 5,9%. O indicador varia numa escala de 0 a 200 pontos, indicando pessimismo abaixo de 100 pontos e otimismo acima desse patamar. "O aumento pelo terceiro mês consecutivo do indicador representa que a população paulistana mantém uma percepção positiva em termos de confiança, indicando continuidade da tendência à recuperação gradual da confiança do consumidor. Essa elevação é relevante também para garantir um período um pouco melhor para as vendas do comércio", afirma Thiago Freitas, economista da Fecomercio.
Segundo ele, a perspectiva de melhoria baseada no gradual arrefecimento inflacionário, expectativa de baixa na taxa de juros, aumento das concessões de crédito para o consumidor, assim como as seguidas ações pontuais do governo no sentido de expandir a atividade econômica, têm influenciado positivamente a percepção dos consumidores paulistanos. "O nível de atividade está sujeito aos ciclos de crescimento econômico e eles condicionam a confiança do consumidor. Logo, a evolução favorável do poder de compra do consumidor e a volta do crédito para aquisição de determinados bens foram fundamentais para reforçar suas percepções positivas sobre a economia", explica Freitas.
A análise mais detalhada dos dados que compõem o ICC aponta para esse diagnóstico. De acordo com a pesquisa, tanto o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) - que avalia a situação presente - quanto o Índice das Expectativas do Consumidor (IEC) - que indica a percepção do consumidor quanto ao futuro - tornaram-se bem mais otimistas em junho.
O ICEA apresentou alta de 7,1%, registrando 125,7 pontos. Esse indicador está diretamente relacionado com a percepção que o consumidor faz sobre sua segurança em termos de emprego e renda. Quanto ao cenário internacional, nos últimos três meses, já se observa sinais de melhoria na economia mundial. Exemplo disso é a confiança do consumidor nos Estados Unidos (CCI - Consumer Confidende Index), apurado pelo Conference Board, que cresceu 34,5 % atingindo 54,9 pontos em maio, principalmente puxado pelas expectativas futuras.
Os resultados da confiança externa, principalmente do consumidor e do empresário americano, são fundamentais para balizar as expectativas internas, dado que o epicentro da crise é o sistema financeiro americano.

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