Construção gera mais de 200 mil novos empregos formais de janeiro a setembro
Texto: Redação Revista Anamaco
O setor da construção criou 218,2 mil novos postos de trabalho com carteira assinada entre janeiro e setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Somente em setembro, foram 23.855 novas vagas, resultado de 223.799 admissões e 199.944 desligamentos. Com isso, o número total de trabalhadores formais do setor chegou a 3,075 milhões, um dos maiores patamares da série histórica.
De acordo com a pesquisa, o resultado de setembro foi o melhor desde abril (31.407 vagas) e ficou acima do registrado no mesmo mês de 2024 (17.065). Na comparação com setembro de 2024, o número total de empregados na construção cresceu 3,21%. Apesar do bom desempenho, o resultado de janeiro a setembro foi 5,85% inferior ao mesmo período do ano passado (231,7 mil vagas).
Nesse cenário, os Estados que mais geraram empregos foram São Paulo (50.883), Minas Gerais (20.979) e Bahia (14.609). Apenas Roraima (-182) e o Distrito Federal (-644) registraram saldo negativo.
Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), explica que o desempenho do setor confirma uma trajetória de crescimento consistente, mas também evidencia desafios. “Há cinco anos, o mercado de trabalho da construção vem apresentando resultados positivos, refletindo o crescimento do setor. Entretanto, o alto patamar da taxa de juros tem gerado intensa preocupação. Há um ano, ela é considerada pelos empresários o principal problema da atividade”, observa.
A economista alerta que o custo elevado do crédito por um período prolongado pode afetar os investimentos produtivos e o ritmo das obras. “O alto custo do dinheiro desestimula novos projetos e compromete o desempenho do setor. Por isso, a CBIC revisou a projeção de crescimento da construção para 2025 de 2,3% para 1,3%”, explica.
Foto: Adobe Stock




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