Consumidores pessimistas
Texto: Redação Revista Anamaco
Pressões da inflação continuam retendo o orçamento familiar e dificultando o consumo, principalmente a longo prazo. Isso é que mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de fevereiro, pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador registrou queda de 12,8% em relação ao mesmo mês de 2024, atingindo 120,3 pontos, e evidenciando esse pessimismo.
O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede a percepção dos consumidores sobre o momento presente, registrou queda de 5,8% em comparação com fevereiro de 2024, atingindo 118,2 pontos. No comparativo mensal, o indicador recuou 3,3%.
Os únicos componentes do índice a registrarem resultados positivos foram Consumidores com Renda Acima de 10 Salários Mínimos (+0,1%) e Mulheres (+1,1%).
O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) foi o principal responsável pela queda do ICC, recuando 16,8% no comparativo anual, alcançando 122 pontos. A entidade observa que as famílias, principalmente as de baixa renda, estão enfrentando desafios estruturais com a alta da inflação em itens essenciais, como alimentos e serviços básicos. Por isso, a recomendação da FecomercioSP é que mantenham o planejamento financeiro combinado à busca por alternativas de poupança e investimento, o que é essencial para enfrentar as incertezas econômicas.
Para as empresas, a orientação é focar em estratégias operacionais, digitalização de processos e diversificação de portfólios, o que será fundamental, já que a inovação e a sustentabilidade serão diferenciais importantes, especialmente para empresas voltadas ao mercado externo.
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