Economia

Devoluções de cheques recuam

A inadimplência com cheques no Brasil foi de 1,92% em outubro, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. Foi o menor percentual verificado desde setembro de 2008. Quando comparado com setembro, o levantamento apontou uma queda de 1,0% no número de devoluções de cheques, a terceira consecutiva desde agosto.
Mesmo com o bom desempenho das vendas, o dia das Crianças não inverteu a sequência de recuos no percentual de cheques devolvidos, observam os técnicos da entidade. Os bons resultados também são notados na relação de outubro de 2009 sobre outubro do ano anterior. Nesta variação, a inadimplência recuou 4,5%. Foi a primeira vez no ano em que a correlação com igual mês de 2008 apresentou decréscimo.
Na análise dos Técnicos da Serasa, o retorno do crescimento econômico, com juros mais baixos, geração de empregos formais (com carteira assinada) e recuperação da renda têm proporcionado melhores condições para a queda da inadimplência. Eles também destacam que em outubro de 2008, o País entrava na crise financeira global e estava diante de uma situação inédita, com redução da liquidez, queda do consumo, da produção e do emprego e aumento da inadimplência. No acumulado de janeiro a outubro, a inadimplência com cheques foi de 2,19%.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o número de devoluções de cheques cresceu 11,7%, sinal de que a inadimplência elevada, verificada no primeiro semestre, ainda afeta o resultado acumulado no ano.
Os especialistas ressaltam que nos primeiros três meses do ano, por conta dos ajustes na oferta de crédito, o cheque pré-datado foi mais utilizado pelo varejo para financiar suas vendas. A adoção de critérios menos rigorosos na concessão de crédito, via pré-datado, também é mencionada pelos técnicos como um fator que contribuiu para as elevações nos indicadores de inadimplência com cheques no segundo trimestre.
Para os últimos dois meses do ano, a perspectiva dos analistas da Serasa é de que a inadimplência continue em queda, por conta do 13º salário. O comportamento do consumidor no crédito, nas festas de final de ano, irá determinar o nível de inadimplência do primeiro trimestre de 2010, preveem os especialistas.

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