Dexco encerra o primeiro trimestre com evolução em relação ao ano anterior
Texto: Redação Revista Anamaco
A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, acaba de divulgar seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025. De acordo com os números apresentados, a companhia registrou EBITDA Ajustado e Recorrente de R$ 346 milhões no período. Se considerada a participação na LD Celulose - joint venture com a austríaca Lenzing, a qual detém 49% de participação - o EBITDA Ajustado e Recorrente foi de R$ 611 milhões, o que representa um crescimento de 10% em relação ao 1T24.
A Receita Líquida, por sua vez, foi de R$ 1,9 bilhão, queda de 2%, considerada natural pela empresa, devido à sazonalidade do setor de material de construção, que tipicamente apresenta menor atividade no início do ano. Já o Lucro Líquido Recorrente foi de R$ 84 milhões, já considerando a participação na LD Celulose.
Raul Guaragna, CEO da Dexco, lembra que a empresa veio de um 2023 marcado por mudanças estruturais importantes. “A partir do segundo trimestre de 2024, os resultados começaram a se recuperar e os números e indicadores apresentados nesse primeiro trimestre de 2025 demonstram este movimento”, explica o executivo.
Segundo ele, apesar da sazonalidade esperada para o período, os resultados mostram resiliência e uma evolução importante em relação ao ano anterior, o que é positivo, considerando o cenário macroeconômico reconhecidamente desafiador.
Nesse cenário, a Divisão Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, teve um sólido desempenho, com o EBITDA Ajustado e Recorrente atingindo R$ 350 milhões, e uma Receita Líquida de R$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre de 2025.
De acordo com Guaragna, o resultado reflete, exclusivamente, a operação industrial de painéis de madeira, sem a contribuição de operações florestais pontuais, como as que ocorreram no 1T24.
O CEO pontua que a melhor rentabilidade dos produtos, bons níveis de volume e utilização de capacidade fabril colaboraram para o resultado, mesmo com paradas de manutenção programadas que foram realizadas neste trimestre. “Alcançamos um resultado sólido, mesmo sem as operações florestais pontuais que ocorreram no ano passado, demonstrando a robustez de nosso negócio core”, ressalta. O executivo analisa que, apesar da sazonalidade do primeiro trimestre, a Divisão manteve o patamar de resultados do 4T24, refletindo a consistência da demanda. “A demanda da indústria moveleira possui uma associação importante com os grandes programas habitacionais dos governos, como estes seguem em movimento crescente no País, também temos uma perspectiva positiva para o negócio da madeira", pontua.
A operação de Celulose Solúvel reforçou a sua crescente importância estratégica para a Dexco, registrando EBITDA Recorrente de R$ 542 milhões, um crescimento de 135% na comparação com o 1T24. “A operação segue performando em plena capacidade, com produção estável e sem paradas de manutenção neste trimestre, o que destaca o resultado quando comparado ao 1T24, quando foram feitas paradas de manutenção que acabam por impactar a base comparativa do período”, explica.
A Divisão de Acabamentos para Construção, a unidade de Metais e Louças, com as marcas Deca e Hydra, por sua vez, encerrou o primeiro trimestre com EBITDA Ajustado e Recorrente de R$ 8 milhões, revertendo o resultado negativo observado no mesmo período do ano anterior. A unidade registrou crescimento tanto em volume quanto em receita, mesmo após a descontinuação da operação de chuveiros e torneiras elétricas, anunciada no segundo semestre de 2024. “A unidade de metais e louças vem ganhando força e compensando a saída do portfólio de chuveiros e torneiras elétricas, impulsionada pelas ações estruturantes que vem sendo realizadas pela companhia desde 2023, e pela recuperação gradual do setor.", esclarece Francisco Semeraro, CFO da Dexco.
Já a unidade de Revestimentos, que atua com as marcas Ceusa, Portinari e Castelatto, registrou Receita Líquida Recorrente de R$ 200 milhões e EBITDA Ajustado e Recorrente negativo de R$ 12 milhões no 1T25. “Mesmo que o setor tenha dado sinais de recuperação neste trimestre, ainda vemos a competição como um fator desafiante para os resultados da Divisão, considerando que temos observado uma crescente nos níveis de estoque do setor e uma diminuição dos níveis de utilização das capacidades instaladas”, afirma Semeraro.
Segundo o CFO, embora o cenário seja desafiador, a fábrica de revestimentos em Botucatu, que teve início em janeiro de 2025, é um pilar estratégico, sendo preparada para produzir itens de maior valor agregado. “Temos investido continuamente no reposicionamento das marcas e em estratégias de mercado, buscando traduzir as vantagens e benefícios de complementariedade de portfólio para o mercado”, diz.
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