Em agosto, confiança registrou queda em 20 setores industriais, apura CNI
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial caiu em 20 dos 29 setores da indústria em agosto, revela levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com o resultado, o número de segmentos com falta de confiança aumentou de 23 para 25. Assim, apenas quatro setores industriais pesquisados permanecem confiantes. O ICEI vai de 0 a 100 pontos. Quando está abaixo da linha divisória de 50 pontos, indica falta de confiança dos empresários. Quanto está acima, indica confiança.
O estudo mostra que, em três segmentos, a queda foi suficiente para que os setores saíssem do estado de confiança para falta dela. São eles: manutenção e reparação; impressão e reprodução; e calçados e suas partes. Nove setores registraram aumento do indicador, mas em apenas um, de bebidas, o crescimento foi suficiente para colocar o setor em um estado de confiança.
Isabella Bianchi, analista de Políticas e Indústria da CNI, explica que a alta do pessimismo em alguns setores se deve ao aumento das tarifas americanas sobre parte das exportações brasileiras. “As incertezas no cenário externo, sobretudo pela aplicação das tarifas de importação por parte do governo americano, têm impactado a confiança de setores industriais que são mais diretamente afetados pela taxação”, pontua.
Embora tenha recuado 0,7 ponto, de 51,5 pontos para 50,8 pontos, a Região Nordeste segue como a única a apresentar confiança. Antes neutros, os empresários do Norte se tornaram pessimistas depois que o indicador caiu de 50 pontos para 47,9 pontos. No Centro-Oeste, o índice subiu 0,2 ponto, chegando aos 47,7 pontos, revelando que os industriais da região seguem sem confiança. No Sul e no Sudeste, o ICEI caiu 3,5 pontos e 2,1 pontos.
A pesquisa revela que a confiança caiu dois pontos nas grandes indústrias, 1,2 ponto nas médias e 0,4 ponto nas pequenas. Todos os portes de empresa já apresentavam falta de confiança, situação que se agravou com os novos recuos.
Para esta edição, a CNI consultou 1.818 empresas: 723 de pequeno porte; 649 médias e 446 grandes.
Foto: Adobe Stock