Empresários industriais completam um ano sem confiança, aponta CNI
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recuou 0,3 ponto em dezembro, fechando 2025 em 48 pontos. A queda interrompeu uma sequência de três altas consecutivas do indicador.
Ao longo de todo o ano, o ICEI ficou abaixo da linha de 50 pontos, sinalizando falta persistente de confiança dos empresários industriais. “As taxas de juros elevadas, assim como a piora no desempenho da economia ao longo do ano, tiveram forte influência sobre o pessimismo dos empresários. A expectativa de quedas da taxa Selic a partir do próximo ano deve influenciar. Positivamente. a confiança dos empresários”, avalia Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
De acordo com o estudo, em dezembro, a queda do ICEI foi disseminada entre todos os componentes do índice. O Índice de Condições Atuais caiu 0,5 ponto, de 44,3 pontos para 43,8 pontos em dezembro. Dessa forma, segue abaixo dos 50 pontos; ou seja, na avaliação dos empresários, as condições atuais da economia brasileira e das empresas pioraram nos últimos seis meses.
O resultado reflete a piora na avaliação das condições atuais das empresas, que recuou 0,7 ponto, para 46,2 pontos, uma vez que a avaliação das condições atuais da economia brasileira mudou pouco, seguindo bastante negativa, alta de 0,1 ponto, para 39,1 pontos.
Já o Índice de Expectativas alcançou 50 pontos, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas. Ao se posicionar exatamente sobre a linha divisória, o resultado indica que as expectativas dos empresários industriais para os próximos seis meses são neutras - sem perspectiva de melhora ou piora.
A pesquisa mostra que as expectativas dos industriais para a economia brasileira se tornaram mais negativas em dezembro, após queda de 0,4 ponto, atingindo 42,9 pontos. As perspectivas das empresas, por outro lado, tornaram-se ligeiramente menos positivas em dezembro, com queda de 0,3 ponto, saindo de 53,9 para 53,6 pontos.
Para esta edição, a CNI consultou 1.120 empresas, sendo 466 de pequeno porte, 412 médias e 242 grandes.
Foto: Adobe Stock




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