Empresas debatem a importância da adoção e apoio a causas sociais  - Revista Anamaco

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Empresas debatem a importância da adoção e apoio a causas sociais 

Texto: Redação Revista Anamaco

O Movimento Construção Saudável promoveu, em meados de abril, um debate sobre "Propósito e Causa - Por que as empresas devem adotar em sua governança as causas sociais?". Transmitido on-line e ao vivo, o encontro foi mediado pelo professor doutor Júlio Cesar Barbosa, diretor executivo do Movimento.
Na ocasião, os participantes conversaram sobre a importância da impermeabilização para a saúde, como ampliar a conscientização sobre o tema, a relevância das causas sociais na atuação das indústrias e do ensino sobre impermeabilização para os profissionais de arquitetura e engenharia.
Ariovaldo Torelli, presidente da Viapol, um dos participantes, falou sobre a experiência de fazer parte dessa iniciativa. Na sua análise, o Movimento vem de encontro aos princípios básicos da empresa, que temo como diretriz primeiro preservar as pessoas, a sociedade civil e em terceiro a preocupação com os ativos patrimoniais. “Quando unimos tudo isso, à diretriz de preservação da saúde das pessoas com a ideia do Movimento, juntando saúde com impermeabilização, fica muito mais forte", afirma Torelli.
O painel sobre Saúde e Educação contou com a participação de Danilo Pastorelli, mestre em economia e sócio-proprietário da Invictus desenvolvimento humano e Fábio Soares, engenheiro Civil, doutorando e pesquisador do CNPq. Os profissionais debateram a relação entre educação e saúde e o comportamento humano como foco de mudanças efetivas para a conscientização da sociedade.
Pastorelli ressaltou a importância de olhar para a saúde das habitações e da atuação em conjunto de empresas do mesmo segmento. "A iniciativa é louvável e cada um em seu espaço de atuação consegue trazer uma colaboração fantástica".
Soares, por sua vez, enfatizou o impacto da pandemia no último ano e as necessidades básicas que ficaram ainda mais evidentes neste período. "A pandemia veio para mostrar que precisamos mudar o cenário das habitações. Nossa relação com a casa e com os ambientes mudou. Ela nos fez avaliar a qualidade e as necessidades de melhorias dos ambientes em que em vivemos", pontuou.
O presidente da Vedacit, Marcos Bicudo, reforçou o legado do Movimento e observou que o objetivo é que o Movimento seja parte de um esforço colaborativo que tem como pano de fundo a visão sistêmica dos desafios da construção civil, inseridos no Brasil onde um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza. “Esse é um problema central para o nosso país e para a realização do nosso propósito", ressalta Marcos. "O Movimento tem como função articular, trazer o conhecimento da causa, ser um agente protagonista na provocação do tema da construção saudável. Nosso legado é exatamente esse: ajudar na conexão entre as empresas do setor com as pessoas que enfrentam esse grande desafio de saúde, de ter uma habitação digna", frisou.
O painel seguinte reuniu Fabiola Vasconcelos Cecon, presidente do Movimento, e Viviane Mansi, presidente da Fundação Toyota do Brasil, para falarem sobre a importância de adotar causas sociais. "Fico feliz em acompanhar a mudanças nas empresas. Antes, o objetivo era apenas custear os programas e agora participam ativamente e caminham junto com as causas sociais. As empresas trabalham com um propósito real", afirma Fabíola.
A presidente do Movimento também falou sobre a relevância de compartilhar conhecimento. Ela lembrou que a impermeabilização é parte fundamental da construção, mas que infelizmente no Brasil não é tratada dessa forma. “Existe um desconhecimento de que a falta da impermeabilização pode provocar problemas de saúde. Nossa intenção com o Movimento é fortalecer a mensagem, amplificar a comunicação, atuar em diversas frentes, classe médica, população, universidades, profissionais do setor (arquitetos, pedreiros, engenheiros) e juntos melhorarmos a qualidade da saúde da população por meio de habitações saudáveis", reforçou.
Viviane levou ao encontro sua experiência no mercado automotivo e na Fundação Toyota do Brasil para contribuir com o debate. Ela afirmou conhecer os desafios de quem mora em comunidade e não tem acesso a uma residência de qualidade. “Esse drama, que uma parte dos brasileiros vive, acompanhei muito de perto, em trabalhos voluntários e nas empresas que trabalhei. Fico feliz em ver iniciativas como essa do Movimento surgindo neste momento, e ganhando força porque é muito difícil resolver os problemas da sociedade de forma isolada. Acredito que precisamos atuar juntos para que possamos fazer uma entrega de qualidade. Uma empresa não dará certo em um país que não deu certo. O desenvolvimento econômico é para todos", finalizou.

Foto: Adobe Stock

 

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