Endividamento e inadimplência

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) recuou 0,1 ponto percentual entre maio e junho, atingindo 77,3% dos lares no País.
Em relação a junho do ano passado, a proporção de endividados apontou alta de 7,6 pontos percentuais, a menor em nove meses. O estudo mostra que, repetindo o comportamento de maio, a proporção de endividados caiu nas duas faixas de renda em junho, e a queda acumulada nos dois últimos meses foi mais intensa entre as famílias de menor renda (-0,5 p.p.).
Nesse cenário, o número de famílias endividadas no cartão de crédito reduziu-se pela segunda vez em junho (-1,9 p.p.). Entre os endividados, 86,6% possuem essa modalidade de dívida.
O levantamento indica que a evolução positiva do mercado de trabalho com menos restrições impostas pela pandemia, em conjunto às medidas temporárias de suporte à renda (saques extraordinários no FGTS, antecipações de 13º salário do INSS e maior valor do Auxílio Brasil), mostra efeitos na redução dos gastos no cartão.
A proporção de famílias com contas e/ou dívidas em atraso, por sua vez, representou 28,5% do total de famílias no Brasil em junho, primeira queda do indicador (- 0,2 p.p.) desde setembro de 2021. A proporção dos que afirmam não ter condições de pagar contas e/ou dívidas já atrasadas também se reduziu ao menor percentual desde fevereiro deste ano.

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