Endividamento moderado - Revista Anamaco

Pesquisa

Endividamento moderado

Texto: Redação Revista Anamaco

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) manteve-se estável em março, representando 78,3% das famílias no País. Desse total, 17,1% consideravam-se “muito endividadas”, indicador que também se manteve inalterado na passagem mensal, após duas altas consecutivas.
O estudo revela que o endividamento dos consumidores vem apontando moderação desde outubro, cresceu entre janeiro e fevereiro, com orçamentos apertados pelas despesas típicas do início do ano, e encerrou o trimestre em estabilidade.
Na avaliação da entidade, a melhora da renda disponível, a evolução positiva do mercado de trabalho e a desaceleração da inflação atenuaram os indicadores de inadimplência. Nesse cenário, a proporção de famílias com dívidas atrasadas caiu pelo quarto mês consecutivo (-0,4 p.p.), representando 29,4% do total de famílias. Essa dinâmica colocou o indicador abaixo da média trimestral (29,7%).
Por outro lado, quem tem dívidas atrasadas há mais tempo segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência, por conta dos juros elevados. A proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores chegou a 11,5% do total em março, ligeira queda em relação a fevereiro (-0,1 p.p.), mas, em comparação à média trimestral, é o maior nível desde novembro de 2020.
Segundo o levantamento, mesmo com renegociações, a cada 100 consumidores inadimplentes, 45 chegaram em março com dívidas atrasadas por mais de 90 dias. O tempo médio de atraso nos pagamentos foi de 62,6 dias.

Foto: Adobe Stock

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