Endividamento volta a crescer em julho - Revista Anamaco

Economia

Endividamento volta a crescer em julho

Texto: Redação Revista Anamaco

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acaba de divulgar o resultado da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de julho. De acordo com os dados apurados, o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) voltou a crescer em julho: 0,7 ponto percentual, atingindo 78% dos lares no País. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a proporção de endividados apontou crescimento de 6,6 pontos percentuais.
O estudo aponta que a dinâmica de aceleração do endividamento neste início de semestre ocorreu de forma semelhante nas duas faixas de renda pesquisadas. Para as famílias com mais de 10 salários mínimos de rendimentos mensais, a alta da contratação de dívidas foi maior em julho (+0,8 p.p.), retomando o comportamento de aceleração que o indicador apresentou entre janeiro e abril. Entre as famílias de menor renda, o crescimento da proporção de endividados (+0,6 p.p.), a despeito dos juros elevados, mostra que esse grupo segue enfrentando desafios no orçamento para manter seu nível de consumo.
Nesse cenário, o levantamento revela que o número de famílias endividadas no cartão de crédito caiu pelo terceiro mês em julho (-1,2 p.p.), movimento que novamente ocorreu entre os consumidores nos dois grupos de renda. Do total de endividados no País, 85,4% possuem dívidas no cartão de crédito, proporção que havia chegado a 88,8% em abril deste ano.
Na análise da entidade, esse movimento de retração da proporção de endividados no cartão de crédito mostra que as famílias têm buscado alternativas de crédito mais baratas no contexto de juros elevados. Com isso, carnês de lojas e crédito pessoal foram as modalidades que avançaram no endividamento, neste início de semestre, representando 18,8% e 9,2% do total de famílias com dívidas, respectivamente.
A Peic revela, ainda, que o segundo semestre iniciou-se com 29% das famílias brasileiras com algum tipo de conta e/ou dívida atrasada, o maior percentual histórico. A proporção dos que afirmaram não ter condições de pagar contas e/ou dívidas atrasadas também cresceu na passagem mensal (+0,1 p.p.).

Foto: Adobe Stock

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