Histórias de sucesso - Revista Anamaco

Ecomac Sul 2023

Histórias de sucesso  

Texto: Redação Revista Anamaco

A segunda parte da programação do sábado do Encontro dos Comerciantes de Materiais de Construção da Região Sul (Ecomac Sul), organizado pela Federação das Associações dos Comerciantes de Materiais de Construção de Santa Catarina (Fecomac-SC), que acontece até amanhã (03 de setembro), no Costão do Santinho, em Florianópolis, foi iniciada com a apresentação do painel “Cases de sucesso e expectativas para o segmento”.
Carina Lelles, proprietária do Depósito Pica-Pau, contou a história da empresa, fundada há pouco mais de um ano e meio na cidade de Londrina (PR). Carina comentou que o depósito nasceu com um contêiner alugado, um veículo para entregas e poucas mercadorias. Ela contou que a primeira venda foi um saco de areia. “Tudo era pequeno, mas com gratidão de iniciarmos o nosso negócio”, salientou.
A proprietária contou, assim como em todas as empresas, as dificuldades fazer parte do dia a dia, mas garantiu que nunca desanimou e sempre seguiu adiante com persistência, determinação e foco para atingir os objetivos: a ampliação da empresa. Ela reforçou o empenho em fazer o negócio dar certo. “Até habilitação para dirigir caminhão eu tirei para ajudar nas entregas”, revelou.
Ela garantiu que a loja está em constante melhoria, capacitando a equipe, priorizando o atendimento e relacionamento com os clientes. Hoje, segundo ela, o ponto de venda já ocupa mais de um contêiner e há o projeto de construção para ampliação da loja. “Se você tem um sonho, mesmo que seja em outras áreas, persista, corra atrás e lute. Em todo momento, haverá dificuldades. Então, que seja realizando seu sonho”, frisou, acrescentando que, independentemente do porte da loja, todo empreendedor tem um começo marcante.
Segundo Carina, o depósito é um projeto que vem do coração e da expectativa do mercado. Ela garantiu que, desde o início das operações vem alcançando excelente resultados e que conta, diariamente, com muitos parceiros. Na sua avaliação, eventos como o Ecomac possibilitam uma mudança de olhar e abre novos horizontes.


A segunda história de sucesso foi contada por Genesvile Zanotelli, proprietário da Zanotelli Materiais de Construção. Instalada em Alvorada (RS), a loja está completando 21 anos de existência.
Ele lembrou que a infância foi na roça, na cidade de Putinga, ao lado dos pais, mas ao completar 19 anos foi para São Paulo onde trabalhou como garçom e o primo Rudines Zanotelli, atual sócio, foi para Porto Alegre (RS). Segundo ele, após três anos, voltou para o Rio Grande do Sul e comprou um mini mercado, onde ficou por dez anos.
Quando decidiu vender o mercado, convidou o primo a abrir uma loja de material de construção. Assim, nasceu a empresa em outubro de 2002, com um mix pequeno e em um espaço de 60m² de área de vendas e quase sem clientes. “Os primeiros meses foram bem difíceis”, lembrou.
Zanotelli conta que ele o primo descobriram que o varejista tinha dificuldades com a entrega. Dessa forma, focou na logística, foi conquistando a confiança dos clientes e começou a crescer.
Em 2003, a loja se associou à Acomac Porto Alegre. A partir daí, começou a participar de cursos, palestras e treinamentos e a trocar informações com outros comerciantes. No ano seguinte, o ponto de venda foi ampliado para 130m², mas os proprietários ainda sentiam dificuldades em expor os produtos. Para resolver essa questão, em 2006, comprou o terreno em um outro endereço, em uma avenida mais movimentada, onde, em 2007, inaugurou a loja nova com 350m² de área de vendas. Mais tarde, ao lado, foi construído um depósito para armazenar as mercadorias. “Em 2008, tivemos a oportunidade de nos associar à Rede Alternativa”, comentou.
Em mais uma expansão, em 2021, a loja passou a ter 500 m² de área de vendas e a área de depósito ganhou mais 200m². Investimentos também foram feitos para reforçar a frota.
A última novidade implementada na Zanotelli foi a oferta de locação de equipamentos para os clientes. “Nós queremos que todos, seja, colaboradores, fornecedores ou clientes, sintam-se bem na nossa empresa”, pontuou.
Para os próximos anos, Zanotelli disse que tem um otimismo realista e acredita que deve fechar 2023 com alta de 10% sobre o ano passado. Para tanto, vai lançar um novo site, vai realizar promoções quinzenais e crescer prospectando clientes externos.

O terceiro case foi apresentado por José Nitro da Silva Neto, diretor da Casas da Água (SC). Ele contou sua trajetória dentro da empresa até assumir a diretoria aos 19 anos. Ele contou que o fundador do Grupo, José Nitro da Silva, tentou atuar em várias áreas dentro da construção civil, trabalhou como eletricista, pedreiro e pintor, e firmou como encanador. Até que, com a dificuldade de comprar mercadoria para fazer seu trabalho, em 1967, começou a enxergar oportunidades. “Identificando essa oportunidade, nasceu a primeira loja”, contou.
A primeira unidade se chamava Casa da Água e tinha apenas 40m², na casa do fundador, na cidade de São José (SC). Desde então, o tino para os negócios ficou mais evidente e novos pontos de venda foram entrando em operação: Itajaí (1975), Joinville (1980) e a empresa foi prosperando e expandindo para outras cidades catarinenses. “Estamos bem concentrados em algumas regiões do Estado e deveremos abrir mais uma unidade este ano. No nosso planejamento estratégico não pretendemos, por enquanto, sair de Santa Catarina porque ainda há muito espaço para avançar”, justificou.
Com 22 lojas no Estado catarinense, com um mix de cerca de 25 mil itens, o Grupo conta, ainda, com 242 veículos. Nitro Neto explica que a companhia sempre prezou pelo atendimento e pela agilidade e a frota própria permite cerca de 1.500 entregas por dia.
Segundo ele, o Grupo tem três pilares fortes: pessoas, fornecedores e clientes. O executivo destacou que o papel da liderança é passar confiança e credibilidade à equipe, por isso, mantém um canal, chamado “Fala, Neto” para se comunicar com os funcionários.
O executivo destacou que a parceria com os fabricantes permite a troca de conhecimentos e de informações. Os clientes, que são outro pilar importante para a companhia, contam com 300 vendedores para atendê-los. “De nada adianta termos uma estrutura grande e um mix completo se não tivermos clientes”, disse.Nitro Neto salientou que a Casas da Água não vende apenas material de construção, vende sonhos. “Está muito ligado ao nosso negócio vender sonhos e bem estar dos clientes e colaboradores”, garantiu.

Na sequência, o palestrante Luís Cava, diretor da América Energia, falou sobre “Redução de Custos de energia nas empresas - Alternativa e Oportunidade no Mercado Livre da Energia". Segundo ele, os desafios do consumidor ainda são de custo com energia e que é preciso se especializar e buscar soluções. Nesse contexto, o desafio é explicar para o consumidor o que é o mercado livre de energia, fonte solar fotovoltaica, eficiência energética, a  gestão estratégica de energia, quando e quanto comprar, autoprodução e hidrogênio verde. “Tudo isso tem um invólucro de sustentabilidade, é um tema ESG. Mas alguns temas ainda estão relacionados a grandes consumidores”, frisou.
Cava disse que o Brasil é um País quase 100% conectado e são quilômetros e quilômetros de linhas de transmissão, que fazem com que uma usina no Nordeste possa vender energia para um consumidor no Sul. O governo junto com a Aneel regula isso tudo. “No mundo, a matriz energética é de apenas 25% de fontes renováveis, enquanto no Brasil esse percentual chega a 84%”, revelou.
O palestrante explicou que o mercado livre de energia permite que o consumidor escolha qual fonte ele deseja comprar, com a garantia de que a distribuição continua sendo da concessionária local.
Segundo ele, a partir de 2024, os consumidores pequenos poderão comprar no mercado livre de energia. Até então, o pré-requisito para migrar eram as contas de luz ter valores acima de R$ 100 mil. Agora, contas a partir de R$ 10 mil já podem optar pelo mercado livre. “O Mercado livre representa 89% do consumo industrial, ou seja, praticamente toda a indústria já migrou. São 40 mil consumidores”, salientou.
Para 2026, a previsão é de que essa abertura de mercado chegue ao consumidor de baixa tensão, mas ainda não o residencial nem o rural. Isso pode ser que aconteça em 2028. “Se isso acontecer, será motivo de muita festa”, antecipou. 

A cobertura completa do Ecomac Sul poderá ser conferida na edição impressa da Revista Anamaco

Fotos: Beth Bridi/Grau 10 Editora

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