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Indústrias da construção entre as que mais colaboram com startups no Brasil

Texto: Redação Revista Anamaco

A Belgo Arames é uma das empresas reconhecidas na 10ª edição do Ranking 100 Open Startups. A premiação anual é promovida pela plataforma 100 Open Startups, considerada uma das mais importantes no cenário nacional de tecnologia, e destaca as corporações, agentes do ecossistema, investidores e executivos que mais se relacionaram com startups. A empresa é a quinta companhia que mais colaborou com o ecossistema de inovação aberta em 2025 no setor de Mineração e Metais, figurando também entre as 81 primeiras colocadas no ranking geral. Desde a sua inclusão no ranking, a companhia já conectou 193 startups, lançou 35 desafios e registrou 183 colaborações.
Frederico Gazzola, gerente de Inovação e Desenvolvimento de Novos Negócios da Belgo, explica que o resultado reflete a consolidação do Belgo Lab, programa de inovação aberta da empresa, responsável por impulsionar a conexão com startups, ICTs, universidades e parceiros estratégicos. “No ciclo mais recente, desafios foram lançados ao mercado e mais de 290 startups foram mapeadas ou inscritas como potenciais codesenvolvedoras, fortalecendo uma cultura de inovação colaborativa que vem sendo construída há anos”, pontua.
Além disso, a companhia incorporou a cultura de open innovation em diversos setores, conectando startups e soluções inovadoras para impulsionar eficiência e resultados. Entre as iniciativas, destacam-se soluções voltadas ao pilar de segurança, como o uso de IA para monitoramento de áreas de risco e tecnologias de IoT para alertas de proximidade entre operador e empilhadeira.

O gerente destaca que a companhia também mantém investimentos de, aproximadamente, R$ 37 milhões em inovação, abrangendo pesquisa e desenvolvimento para diversos setores, digitalização, automação industrial e projetos incentivados pela Lei do Bem. Em 2025, a companhia acelerou ainda mais a qualificação do público interno para o uso de inteligência artificial como ferramenta estratégica de eficiência operacional, qualidade e competitividade. “O reconhecimento é consequência de uma estratégia sustentada por tecnologia, eficiência e impacto. Buscamos solucionar desafios complexos unindo o conhecimento técnico das nossas equipes à força do ecossistema de inovação. Essa combinação fortalece nossa cultura interna e torna a inovação parte natural da forma como operamos”, destaca. No último ano, cerca de 45% da força de trabalho da Belgo participou ativamente de programas de inovação da empresa.
Entre os projetos que reforçam a presença da Belgo Arames no ecossistema de inovação está a parceria com o Laprosolda, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que resultou na fabricação da maior peça metálica já produzida no Brasil por Manufatura Aditiva por Deposição a Arco (MADA). O componente de 255 kg foi criado com um equipamento exclusivo, que utiliza robô de soldagem, sistema de controle e software especializados para garantir alta precisão ao processo. “A inovação só acontece quando unimos diferentes competências. A conexão com startups amplia nossa visão, acelera soluções e fortalece toda a cadeia de valor. Esse reconhecimento reforça que estamos no caminho certo ao impulsionar iniciativas que geram impacto real para a sociedade”, afirma Gazzola.

Referência em inovação

Outra premiada, a ArcelorMittal consolidou sua posição de referência em inovação aberta no Brasil. A empresa foi a única a conquistar todos os prêmios das categorias a que estava concorrendo: Campeão da Década nas categorias geral e setorial, além de 1º lugar nas categorias geral e setorial de 2025.
A companhia figurou por anos no top 2 e conquistou 1º lugar geral em 2024. “Esses resultados refletem a estratégica da companhia de transformar a indústria por meio da colaboração com startups, do investimento em tecnologias que impulsionam eficiência, sustentabilidade e novos modelos de negócio. Além disso, a ArcelorMittal tem fortalecido uma cultura interna voltada para inovação, engajando equipes e parceiros”, explica Rodrigo Carazolli, diretor de Transformação do Negócio da empresa.


A ArcelorMittal tem acelerado iniciativas que conectam suas demandas estratégicas ao ecossistema de inovação. Entre elas, o Açolab, primeiro hub de inovação aberta do setor do aço no mundo, lançado em 2018, realizou mais de 25 mil conexões com mais de 10 mil startups, tornando-se um ponto central de cocriação e desenvolvimento de soluções para áreas como produção, comercial, meio ambiente e recursos humanos.
A esse movimento soma-se o Açolab Ventures, fundo de Corporate Venture Capital que investe em startups com alto potencial de impacto para a companhia, atuando no modelo de smart money para acelerar escala e resultados. “Estamos muito felizes com esse reconhecimento. A inovação está no nosso DNA, não apenas em grandes projetos, mas também no nosso dia a dia e nas nossas áreas operacionais espalhadas por todo Brasil. Esse prêmio é de todos os empregados (as) que trazem a inovação para a nossa empresa e também de nossos parceiros, que contribuem para esse ecossistema”, reforça Carazolli.

Compromisso com a colaboração

A Tigre, por sua vez, conquistou a 4ª colocação no Ranking 100 Open Startups 2025 na categoria ‘Materiais de Construção’. Guilherme Lutti, Head de Inovação do Grupo Tigre, explica que a premiação reforça o compromisso da companhia com a colaboração e o desenvolvimento conjunto com startups, fortalecendo sua presença entre as corporações mais inovadoras do setor. Além disso, a companhia entrou, pela primeira vez, para o ranking geral - e alcançou a 94ª posição. “A inovação faz parte da nossa história. Desde a fundação da Tigre, há mais de 80 anos, buscamos novas formas de fazer diferente. Estar novamente entre as empresas líderes em inovação aberta mostra que seguimos nesse caminho, conectando-nos com startups e parceiros que trazem novas ideias e impulsionam o futuro da construção civil”, afirma Lutti.
O executivo lembra que, nos últimos anos, a empresa tem ampliado sua rede de parcerias com startups, desenvolvendo soluções tecnológicas que otimizam processos, reduzem perdas e melhoram a eficiência operacional. Um dos exemplos mais emblemáticos é a Tigre Águas e Efluentes (TAE) - que nasceu como startup e foi incorporada à empresa em 2016 - com foco em soluções voltadas à universalização do saneamento básico no Brasil.
Entre os resultados dessas parcerias está a Unifam, estação de tratamento de esgoto unifamiliar criada para atender regiões sem rede pública de saneamento, e a colaboração com a Linedata, startup especializada em tecnologias para o setor de saneamento, que tem contribuído para reduzir desperdícios e agilizar a manutenção de sistemas.
O executivo garante que a cultura de inovação aberta está integrada ao dia a dia da Tigre, envolvendo diferentes áreas do negócio. A empresa aposta em automação, inteligência artificial, robotização e soluções sustentáveis para gerar valor, produtividade e impacto positivo na sociedade. “Inovação, para nós, é um processo coletivo. É o resultado de um ecossistema ativo, feito de trocas, aprendizados e parcerias que transformam ideias em soluções reais”, complementa Lutti.

Trabalho colaborativo

Já a Gerdau está entre as cinco companhias que mais investem em inovação aberta e relacionamento com startups no Brasil. “Esse destaque reflete a jornada da companhia para se tornar cada vez mais tech-powered, realizando as transformações necessárias ao negócio por meio do digital e da tecnologia. Nesse sentido, buscamos, continuamente, desenvolver soluções inovadoras que melhoram a experiência de nossos clientes, além de impulsionar a eficiência, a sustentabilidade e a competitividade em toda a cadeia produtiva, promovendo uma cultura em que o intraempreendedorismo é parte da estratégia de negócio”, afirma Gustavo França, diretor Global de Tecnologia (CIO) da empresa.
Segundo ele, a Gerdau trabalha de forma colaborativa com diversos parceiros empreendedores para desenvolver produtos, soluções e serviços integrados, oferecendo respostas para os desafios do negócio. França pontua que, ao adotar a inovação aberta, a companhia colabora com diversas startups e participa, ativamente, em conjunto com entidades setoriais, universidades e centros de pesquisa na busca por tecnologias disruptivas, promovendo a cocriação de soluções tecnológicas que respondem aos desafios da indústria do aço e de outros setores em que atua. “A companhia engaja globalmente com mais de 1.600 startups por ano”, explica.

 

Fotos: Divulgação

Indústrias da construção entre as que mais colaboram com startups no Brasil
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