Pesquisa

Intenção de consumo avança

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 0,5% e voltou a avançar em junho, descontados os efeitos sazonais. Esse resultado representa a maior taxa positiva desde maio de 2024.
Em relação à comparação anual, pelo nono mês, houve redução da intenção, no entanto com variação menor do que em maio. Mesmo com essas quedas, o indicador se mantém acima do nível de satisfação (100,8 pontos sem ajuste sazonal e 102,4 pontos com ajuste).
O estudo indica que a maioria dos componentes revelou movimento de baixa na comparação com junho de 2024, assim como em maio. As exceções referem-se ao Nível de Consumo Atual - ICF (+0,4%), Perspectiva Profissional - ICF (+1,7%) e destaque para o Acesso ao Crédito (+2,2%). Mesmo com essa maior facilidade das compras a prazo, a percepção do momento para compra de bens duráveis obteve a maior retração: 7,0%, mostrando a forte influência do aumento da Selic desde o ano passado.
Outro dado apurado pelo levantamento revela que o Emprego Atual - ICF continuou com queda mensal (-0,1%), acompanhando a tendência do resultado da análise anual (-1,8%). Em relação aos próximos meses, a Perspectiva Profissional - ICF voltou a ter alta mensal (+0,5%), após um mês com queda e outro com estabilidade; assim, o indicador ficou acima dos resultados do ano anterior (+0,7%) pela segunda vez e com taxa mais intensa do que em maio.
No entanto, a perspectiva para o mercado de trabalho mais favorável tanto no mês quanto no ano não foi suficiente para elevar a Perspectiva do Consumo - ICF em relação ao ano passado (-2,8%). Entretanto, o item apresentou avanço de 1,2% em relação a abril, confirmando a forte correlação com o crédito, já que o Acesso ao Crédito - ICF teve avanço no âmbito mensal.
Em junho, a intenção de consumir teve retração em ambas as faixas de renda analisadas na comparação anual. Porém, tiveram avanço similar em relação ao mês anterior (+0,6%). O Acesso ao Crédito - ICF foi o destaque positivo mensal para os dois grupos, com resultados similares (+2,5% para o com menos de 10 salários e +2,8% para o com mais de 10 salários). Já na comparação anual, continuou sendo a maior taxa de crescimento para as famílias consideradas mais pobres, no entanto ficou estável para a outra parcela.
Em relação ao mercado de trabalho, a Perspectiva Profissional - ICF em alta, frente ao ano passado, observada no indicador geral (+1,7%), foi mais influenciada pelo resultado positivo de 2,2% nas famílias com menor poder aquisitivo, sendo que, para o grupo com renda acima de 10 salários, houve avanço de 0,8% nesse item.
Em relação à Perspectiva do Consumo - ICF, ambas as faixas mostraram mais cautela, com queda de 2,3% para as famílias com rendimentos abaixo de 10 salários e taxa de -5,6% para aquelas com maiores rendimentos.

Foto: Adobe Stock

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