Mais empregos na construção
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a indústria da construção abriu 21.946 empregos em março, o que corresponde a uma elevação de 0,75% em relação ao número de empregados no setor em fevereiro. Com isso, no primeiro trimestre, o setor empregou mais 100.371 trabalhadores (+3,51%) e no acumulado de 12 meses até março, o setor gerou 100.059 vagas com carteira assinada (+3,50%). E, ao final de março, a construção empregava 2.958.223 trabalhadores com carteira assinada no Brasil.
Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, comenta que a construção praticamente recuperou todas as vagas que haviam sido fechadas no último trimestre do ano passado, majoritariamente por trabalhadores que se desligaram para passar o final do ano em suas cidades de origem. “A expectativa é de que novos empregos sejam gerados nos próximos meses, em parte como resultado de contratos firmados no ano passado. O setor de obras de infraestrutura poderá elevar suas contratações de mão de obra, assim como, mais adiante no ano, o segmento de classe média abrangido pela nova faixa do Programa Minha Casa, Minha Vida. Porém, os juros elevados e a incerteza em relação à economia e aos efeitos do ‘tarifaço’ dos EUA têm postergado decisões de investimento, especialmente no setor de edificações de médio padrão”, observa Estefan.
Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no País resultou na abertura de 71.156 empregos em março. Nesse cenário, a construção foi o segundo setor da economia que mais gerou empregos em março, atrás de serviços (+52.459), e na frente da indústria (+13.131), da agropecuária (-5.644) e do comércio (-10.310).
Na análise por Estados, a indústria da construção gerou 5.939 empregos, em março, em São Paulo. Além dele, os Estados que mais abriram empregos no setor no mês foram Minas Gerais (3.455), Mato Grosso (1.914), Bahia (1.359), Santa Catarina (1.288), Goiás (1.222), e Distrito Federal (1.055).
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