Manifestações de caminhoneiros começam a causar problemas para o varejo de matcon - Revista Anamaco

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Manifestações de caminhoneiros começam a causar problemas para o varejo de matcon

Texto: Redação Revista Anamaco com informações da Agência Brasil

Mal se encerrou a apuração dos votos do segundo turno das eleições presidenciais, em 30 de outubro, e uma onda de protestos tomou conta do País. Inconformados com a derrota do atual presidente, Jair Bolsonaro, e com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um grupo articulado de caminhoneiros, vem fechando rodovias e as principais avenidas do País e dizem aguardar um pronunciamento de Bolsonaro para direcionar o movimento. O que ainda não aconteceu.
Na noite de ontem, o ministro  do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a liberação das rodovias federais e ordenou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e às polícias militares que tomem as medidas necessárias e suficientes para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido. A ordem atende a um pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que alegou risco de desabastecimento em algumas cadeias industriais. “As manifestações são motivadas por pretensões antidemocráticas. Um protesto contra a eleição regular e legítima de um novo presidente da República. Inclusive, com pretensão impeditiva de posse por meio de atos ilegítimos e violentos como seria uma absolutamente impensável intervenção militar”, frisa Moraes.
O temor da CNT faz sentido. Antes mesmo de atingir as cadeias industriais, o varejo começa a sentir os prejuízos. A lojas de material de construção estão enfrentando atrasos nas entregas e até ausência de funcionários. 
A Construcolor (SC), por exemplo, por motivos logísticos, reduziu o quadro de trabalho presencial, até quando for necessário, pelas complicações no transporte de colaboradores. Ewald Fischer Neto, sócio-diretor da empresa, explica que, como as lojas do Grupo trabalham com estoque reforçado, ainda não estão sofrendo com desabastecimento, mas admite que a situação atrapalha os negócios porque os funcionários estão com dificuldade de se deslocar até o trabalho. “Estamos com um quando enxuto no atendimento, fazendo o melhor para evitar que a equipe se deslocasse”, diz.
Além disso, os caminhões, que deveriam sair do Centro de Distribuição (CD), estão parados. “Estamos trabalhando com o estoque que temos nas lojas. O movimento ontem e hoje está bem fraco. Caiu exageradamente”, lamenta.
Também com sede em Santa Catarina, a Benedett Tintas está enfrentando a falta de combustível na região - o ponto de venda fica em Blumenau - e remanejando as entregas. “Tivemos um pequeno impacto por conta disso e aguardamos ansiosos pelo desencadear da atual situação”, diz Wellington Rodrigo, gestor de E-commerce da companhia.
A entrega também é a preocupação da Cassol Centerlar. Presente nos três Estados do Sul do País, a empresa informa que, em decorrência dos bloqueios das principais rodovias do País, suas entregas estão com atraso. “A tendência é de que se dissipem ao longo da quinta-feira e sexta-feira. A Cassol fará todo o possível para normalizar o atendimento aos clientes assim que a situação permitir”, explica Leonardo Foresti, gerente-Geral Digital da empresa.

Foto meramente ilustrativa: Adobe Stock

Manifestações de caminhoneiros começam a causar problemas para o varejo de matcon
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