Ecomac Sudeste 2018

Novas ideias em debate

Texto: Redação Revista Anamaco

O 6º Encontro de Comerciantes de Material de Construção (Ecomac Sudeste), um dos mais tradicionais do setor, realizado em 17 de agosto, no Tênis Clube Paulista (SP), teve como tema ''Estratégias de Campeões em Época de Mudanças''.
O evento, promovido pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e pela Associação dos Comerciantes de Material de Construção de São Paulo e Região (Acomac São Paulo), conta com programação composta por palestras e debates.
Na abertura do encontro, o presidente do Conselho Deliberativo da Acomac-SP e diretor da Nicom (SP), Hiroshi Shimuta, destacou que o Ecomac representa uma oportunidade para que sejam apresentados e discutidos temas para melhorar o desempenho dos negócios em tempos de crise. “Apresentaremos ideias simples e vitoriosas, que servirão de exemplo para empresas de todos os portes”, comentou.
A primeira palestra foi do presidente Executivo da Anamaco, Cláudio Conz. Em sua apresentação, falou sobre as perspectivas do setor de material de construção para este ano. Segundo ele, o setor cresceu 3% este ano e a estimativa é de que atinja 5% em 2018. Ele destacou o potencial do segmento, apresentando pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que no Brasil existem 69 milhões de casas e apartamentos. “Este é o nosso mundo. São habitações que precisam de manutenção, de melhorias”, comentou Conz.
Em seguida, o diretor da Leo Madeiras, Alexandre Cohim Moreira, ministrou palestra com o tema: ''A gestão que faz a diferença no varejo de material de construção''. Na sua avaliação, o faz a diferença é a profissionalização. Independentemente do porte do negócio, o empresário do setor deve ser ágil nas decisões, estar próximo dos clientes, ter flexibilidade comercial e estar “ombro a ombro” com os funcionários. “Se for um bom líder, o negócio pode prosperar”, ressaltou Cohim.
Na sequência, o público assistiu à palestra do diretor da loja Premier (PE), Sandro Patrício, com o tema: “O sucesso embasado no comportamento do lojista”, que apresentou o case da revenda, inaugurada em 1989, pouco antes do confisco da Poupança feito no governo do então presidente Fernando Collor de Mello.
Para o empresário, que hoje tem um ponto de venda com 900 metros quadrados e atua em outros segmentos, como o de construção de empreendimentos imobiliários, uma das estratégias deve ser observar o mercado e contar com profissionais que deem liberdade para que o proprietário da empresa possa agir intelectualmente na gestão do negócio. “É preciso se cercar de funcionários de alto padrão para ter essa liberdade”, disse ele.
O quarto palestrante foi o diretor do PROVA - Laboratório de Inovação do Varejo, Valter Pieracciani, que abordou o tema: “O futuro do varejo de material de construção está na inovação”. Ele explicou que o laboratório, inaugurado em maio deste ano no Shopping Frei Caneca, na capital paulista, é um espaço formado por instalações de coworking, no qual  profissionais de diversas empresas podem trabalhar e interagir. Conta com ilhas de tecnologia, salas de eventos e loja conceito, além de meios digitais para viabilizar a comunicação entre diversos segmentos do comércio, interligando industriais, investidores, órgãos do governo e empreendedores.
O projeto, do Governo Federal, deverá durar dois anos e a expectativa é de que neste período receba 102 atividades voltadas ao desenvolvimento do varejo – incluindo o de material de construção -, através de oficinas, feiras e encontros reunindo em torno de nove mil varejistas, tudo isso sem custos aos participantes. Já foram realizados 11 eventos. “O objetivo é fornecer subsídios para aumentar a competitividade do varejo. Daremos todo o apoio para o lojista se aproximar do mundo da inovação. No local, ele poderá descobrir, experimentar e aprender”, afirmou Pieracciani.
Com um tema bastante pertinente, a palestra seguinte foi: “Logística Reversa: obrigação de todo empresário consciente”, com o presidente da Reciclus (associação sem fins lucrativos que reúne os principais produtores e importadores de lâmpadas com o objetivo de promover o Sistema de Logística Reversa), Willian Gutierrez. Na ocasião, ele contou como a entidade funciona e de que forma o lojista pode se engajar no projeto.
A Reciclus surgiu diante do problema de descarte incorreto de produtos que agridem ao meio ambiente, como é o caso das lâmpadas fluorescentes e compactas. A iniciativa atende à determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a Lei Federal nº 12.305/2010 que trata da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e na logística reversa (LR) como soluções para o descarte correto de itens que podem causar danos ao meio ambiente. O projeto foi criado para trazer benefícios a todos os integrantes da cadeia e um dos desafios é aumentar o engajamento do comércio, corresponsável pelo descarte correto de lâmpadas.

Na parte da tarde, foram realizados dois debates. O primeiro “Como melhorar o desempenho das empresas de Material de Construção” foi mediado por Natal Destro, presidente da Acomac-SP, e contou com a participação de Manoela Duran, gerente de Construção Civil da Basf Suvinil; Marcos Bicudo, CEO da Vedacit; e  Sandro Patrício, diretor da Premier, que responderam a perguntas do público, que variaram desde o papel dos lojistas na sociedade, passando pelo comportamento dos consumidores nos pontos de venda, como lidar com os clientes no período pós-crise até o peso dos custos logísticos no cotidiano das empresas.
O segundo, também conduzido por Destro, teve como tema “Empresas de todos os tamanhos, uma grande, outra média e uma pequena, e o que elas estão fazendo para superar a crise” , com a participação do diretor do Depósito Zona Sul (SP), Luiz Augusto Barbosa; presidente do Conselho Deliberativo da Anamaco e diretor da Village Home Center (SP), Marcos Atchabahian; e do diretor da Fermacons (SP) e presidente da Rede Nikkeybraz, Adilson Kawahara. Antes de iniciar as perguntas, cada um deles contou um pouco sobre a trajetória de suas lojas e sobre como avaliam que o empresário deve se posicionar em momentos de crise tanto diante do mercado, quanto em relação aos funcionários.
Durante o bate papo, as perguntas foram relativas a diversos temas que envolvem o cotidiano do varejo, como: de que forma aumentar as vendas, como gerir melhor a crise em revendas pequenas e que têm um mix vasto, qual a melhor forma de entrega: terceirizada ou com frota própria.

A cobertura completa do Ecomac Sudeste 2018 poderá ser conferida na edição 298 da Revista Anamaco impressa

Fotos: Arquivo /Grau10 Editora 

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