Consumidor desconfiado

Otimismo do consumidor tem queda e chega a nível mais baixo desde 2018

Texto: Redação Revista Anamaco

Em março, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 5,1 pontos em relação a fevereiro, de 96,1 para 91,0 pontos, o menor valor desde outubro de 2018. Com isso, o índice acumulou perda de 5,6 pontos nos dois últimos meses, 42% da alta acumulada entre setembro de 2018 e janeiro de 2019.
No mês, tanto as avaliações sobre o presente quanto às expectativas em relação aos próximos meses pioraram. Após quatro meses consecutivos de altas, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,5 ponto, para 76,6 pontos, retornando ao patamar próximo do resultado de janeiro. A maior contribuição para a queda, no entanto, veio do arrefecimento das expectativas: o Índice de Expectativas (IE) caiu 7,6 pontos, para 101,4 pontos, o menor valor desde outubro do ano passado (95,3).
Entre os indicadores que medem a satisfação dos consumidores sobre o momento atual, após quatro meses de resultados positivos, o indicador que mede a percepção da situação econômica caiu 1,9 ponto, para 83,5 pontos, e o que apura a expectativa em relação às finanças familiares diminuiu 1,1 ponto, para 70,3 pontos.
Entre os quesitos que integram o ICC, o indicador que afere o grau de otimismo com a situação econômica futura foi o que mais contribuiu para a queda da confiança no mês ao cair 8,3 pontos, para 118,3 pontos, o menor desde outubro de 2018 (106,0). O índice que mede as perspectivas futuras quanto à situação financeira das famílias nos meses seguintes também piorou, ao cair 5,0 pontos, para 100,9 pontos. Com a redução da satisfação sobre o momento atual e arrefecimento das expectativas, os consumidores voltam a adiar compras. O indicador que mede a intenção de compras nos próximos meses caiu 7,8 pontos, para 84,8 pontos, o menor valor desde dezembro de 2018 (84,4).

Foto: Adobe Stock

 

Otimismo do consumidor tem queda e chega a nível mais baixo desde 2018
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