Cenário Econômico

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marcou 113,1 pontos em setembro, o que representa uma queda mensal de 0,7%, descontados os efeitos sazonais. Com a retração, o indicador retoma a tendência de queda apontada até julho, após breve alta do Icec em agosto.
A pesquisa revela que as expectativas para os próximos seis meses se destacaram com a maior queda no mês (-1,0%), embora o indicador siga na zona otimista, com 145,2 pontos. Oito em cada 10 comerciantes estimam que as vendas aumentarão nos próximos meses, mas apenas quatro em cada 10 sentem melhora nas vendas hoje.
O estudo revela, ainda, que a visão do comerciante sobre as condições atuais teve leve queda (-0,1%), puxada pela piora na percepção sobre o desempenho da própria empresa (-1,8%). No ano, a confiança do comércio segue apresentando redução acentuada (-9,9%). Desde janeiro, há diminuição do otimismo do varejo na base de comparação anual, que se intensificou a partir do segundo trimestre.
Os varejistas também apontam retração mais intensa das intenções de investimentos na empresa (-12,1%) e na contratação de funcionários (-10,0%), nas vésperas das datas mais relevantes no calendário do comércio.
De acordo com o levantamento, o desempenho do indicador de estoques foi o único que cresceu no ano (+3,5%), com os varejistas promovendo ajustes necessários nas prateleiras, diante do fôlego reduzido das vendas. Cresceu a proporção dos comerciantes indicando que os estoques estão em nível adequado, 61,3% do total, o maior percentual desde o final do ano passado.
Outro dado apurado na pesquisa mostra que o termômetro do otimismo piorou em setembro nos três grupos de lojas do varejo pesquisados, nas séries com ajuste sazonal. A confiança do varejista de duráveis apresentou queda mais expressiva (-2,9%), comparativamente aos outros dois grupos (-2,3% não duráveis, -1,3 semiduráveis).

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