Tigre e Statkraft fecham acordo de autoprodução para fornecimento de energia
Texto: Redação Revista Anamaco
A Tigre firmou acordo com a Statkraft, empresa especializada em geração e comercialização de energia elétrica, com o objetivo de estabelecer uma parceria societária voltada à autoprodução de energia para abastecer as operações do Grupo no Brasil. Essa geração representa 70% do consumo das operações da Tigre no País e o fornecimento para as fábricas terá início neste mês de julho. O contrato com vigência de 15 anos ultrapassa o valor de R$ 300 milhões.
Carlos Teruel, diretor Executivo de Negócios Latam e Operações Integradas, explica que o acordo prevê a entrega anual de mais de 11,5 MW médios, que serão destinados às operações fabris da Tigre na modalidade de autoprodução por equiparação, pelo período de 15 anos e meio.
Localizado em Uibaí, na Bahia, o Parque Eólico Serra da Mangabeira será responsável pelo fornecimento. O parque, um dos que compõem o Complexo Eólico Ventos de Santa Eugênia, possui capacidade instalada de 79,8 MW e garantia física de 34,3 MW médios. “A parceria é um marco importante na nossa jornada de sustentabilidade. Optamos por um modelo energético que reduz custos operacionais e reforça nosso compromisso com o meio ambiente e com um futuro de baixo carbono”, destaca o diretor.
Segundo ele, a decisão pela energia eólica levou em conta a competitividade dessa matriz, que apresenta custo mais atrativo e maior previsibilidade. “A energia deverá promover maior segurança energética e estabilidade no planejamento financeiro da companhia”, acrescenta.
Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), a energia eólica onshore - gerada pelo aproveitamento da força do vento, por meio dos aerogeradores instalados em terra - é uma das fontes mais acessíveis de geração elétrica no mundo que foi um fator decisivo para sua escolha.
Natasha Gaertner, vice-Presidente Comercial da Statkraft Brasil, salienta que a parceria com a Tigre é mais um exemplo da solidez e flexibilidade do modelo de negócios da empresa no Brasil. “Temos ampliado nossa presença no mercado livre por meio de soluções estruturadas, conectadas às necessidades dos nossos clientes e à nossa visão de longo prazo para o setor elétrico”, afirma.
Além de gerar benefícios operacionais e econômicos, a iniciativa está alinhada aos compromissos das empresas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, dos quais são signatárias. Com o acordo, a expectativa da Tigre é reduzir em 70% a emissão de gases de efeito estufa relacionados à energia elétrica, reforçando o papel da empresa na agenda climática.
Teruel antecipa que a Tigre avalia a possibilidade de expandir o modelo para que, futuramente, toda a operação brasileira seja abastecida por fontes renováveis. Segundo ele, indicadores específicos serão utilizados para acompanhar os resultados da iniciativa, como eficiência energética, emissões evitadas e impacto ambiental. “Cuidar da água também é cuidar de como utilizamos a energia para transformar a vida das pessoas. Estamos dando um passo estratégico que conecta competitividade com responsabilidade ambiental, contribuindo para um modelo de negócio mais sustentável e resiliente no longo prazo”, completa o executivo.
Foto: Adobe Stock




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