Balanço positivo

Tintas e vernizes têm consumo recorde

O ano de 2008 foi marcado pelo forte crescimento nos mais diversos segmentos econômicos, especialmente nos três primeiros trimestres do ano. Assim como em anos anteriores, a construção civil e a indústria automobilística destacaram-se neste cenário e foram diretamente responsáveis pelos bons resultados atingidos pelo setor de tintas e vernizes.
Dados do Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp) apontam para um crescimento de 7% do consumo desses produtos no ano passado em comparação a 2007. Esse incremento corresponde a um consumo total recorde de 376,2 milhões de galões ou mais de 1,35 bilhão de litros, contra 351,5 milhões e quase 1,3 bilhão de litros, respectivamente, consumidos em 2007.
O índice de crescimento também é significativo no que se refere ao faturamento do setor, que aumentou 21%, especialmente estimulado pela desvalorização do dólar frente ao Real, chegando a US$ 3,34 bilhões.0
Os resultados confirmaram as expectativas e demonstram o potencial de um setor presente em todas as áreas industriais e no cotidiano das pessoas. Não se desprezam os efeitos da crise mundial, porém a manutenção das atividades industriais na maior parte do ano e a menor vulnerabilidade da economia brasileira contribuíram para o desenvolvimento do setor.
O aquecimento dos negócios ocorreu, ainda, no mercado internacional. As exportações no período atingiram um faturamento de US$ 167,4 milhões, contra US$ 141,8 milhões alcançados em 2007, o que representa uma elevação de 18% no total das transações. Em volume, as vendas externas totalizaram 61.443 toneladas, 6,38% a mais do que no ano anterior.
No que se refere às importações, os números também apresentaram elevação. Foram apurados negócios na ordem de US$ 230,3 milhões ante US$ 165,5 milhões de 2007, um crescimento de 39,1%. No período foram importadas 40.960 toneladas, 21% a mais do que as 33.957 toneladas adquiridas no ano anterior.
As transações realizadas com os países do Mercosul cresceram 21% em comparação a 2007. Foram exportados US$ 73,4 milhões e importados US$ 13,1 milhões. Com a crise mundial que tem afetado diversos segmentos econômicos, as previsões de desenvolvimento nacional tiveram de ser revistas.
Ainda assim, a expectativa do Sitivesp é de que o desempenho do setor de tintas e vernizes supere o crescimento do País que, neste ano, deve ficar pouco acima de zero. "Nosso segmento acompanha a evolução da economia em geral, crescendo, no mínimo, nos mesmos patamares de desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB)", explica o assessor do Sitivesp, Airton Aparecido Sicolin.
Não se descarta, entretanto, a necessidade de medidas de redução da carga tributária e das altas taxas de juros, diminuição do spread bancário, além de uma alavancagem mais forte do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento. "Algumas ações governamentais certamente ajudarão a reverter esse quadro ainda neste ano", afirma Sicolin.
O assessor da entidade ressalta as novas medidas voltadas ao segmento de habitação - como o programa Minha Casa, Minha Vida - anunciadas pelo Governo Federal, que poderão proporcionar um novo ânimo ao setor da construção, responsável por 65% das vendas de tintas e vernizes.
O setor imobiliário deve manter as obras contratadas nos últimos 18 meses em média, que agora entram em fase de acabamento.

Tintas e vernizes têm consumo recorde
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