Desempenho positivo

Texto: Redação Revista Anamaco

Mesmo com juros ainda elevados, crédito restrito e inflação acima da meta, o mercado de tintas imobiliárias manteve trajetória de crescimento no primeiro semestre, com alta de 1,6% no volume de vendas em comparação com o mesmo período do ano anterior. 
Luiz Cornacchioni, presidente-executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), observa que o desempenho positivo, impulsionado por reformas domésticas e novos empreendimentos imobiliários, sucede um ano de resultados expressivos para o setor, que havia registrado uma expansão de 5,9% em 2024, consolidando um novo patamar de demanda no pós-pandemia. "As vendas de janeiro a junho deste ano demonstram a continuidade da tendência de maior cuidado da população com a casa, que a pandemia de Covid-19 impulsionou, e o bom momento da construção imobiliária. Isso nos permite manter uma expectativa moderadamente otimista para o segundo semestre”, explica.
O crescimento, no entanto, não foi uniforme pelo País. A Região Sul liderou a expansão com um avanço de 6,3%, seguida pelo Nordeste (4,9%) e Centro-Oeste (2,2%). Em contrapartida, o Sudeste, que concentra metade do mercado nacional, apresentou uma leve retração de 0,4%, enquanto a Região Norte registrou a maior queda: 4,1%.
De acordo com a Abrafati, o varejo continua sendo o principal motor do setor de tintas, respondendo por mais de 70% do volume comercializado por meio de lojas especializadas, home centers e comércios de material de construção.
Paralelamente, o mercado é impulsionado pela construção de novos empreendimentos. A demanda se concentra tanto em programas habitacionais quanto no segmento de ‘studios’ e imóveis compactos, com cerca de 30 m², além de projetos de alto padrão que exigem acabamentos mais sofisticados. 
Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador, o setor aposta na continuidade dos investimentos em melhorias residenciais e no movimento de finalização de empreendimentos imobiliários iniciados nos anos anteriores (momento em que são pintados) para sustentar o crescimento. A projeção da Abrafati para o fechamento de 2025 é de uma alta entre 2,0% e 3,0%.

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