Votorantim Cimentos divulga números positivos no balanço do segundo trimestre
Texto: Redação Revista Anamaco
A Votorantim Cimentos acaba de anunciar os números que refletem o desempenho da empresa no segundo trimestre do ano. Segundo dos dados apresentados, a companhia obteve receita líquida global de R$ 3,9 bilhões no período, o que representa um aumento de 18% em relação ao mesmo trimestre de 2019.
De acordo com a companhia, o crescimento é explicado, principalmente, pelo impacto positivo da depreciação do Real frente ao dólar, por sólidos resultados na América do Norte e por melhores volumes de venda no Brasil.
De abril a junho, o EBITDA ajustado consolidado (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 735 milhões, resultado 50% maior do que o registrado no segundo trimestre do ano passado. Já a margem EBITDA foi de 19%. Segundo o que foi divulgado, o lucro (prejuízo) líquido no segundo trimestre ficou negativo em R$ 153 milhões, uma redução de 214% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O balanço destaca que o distanciamento social impactou, positivamente, a demanda no Brasil, onde um aumento no volume de vendas foi observado desde maio. Esse crescimento na procura por produtos de construção civil, na avaliação do fabricante, é decorrente do aumento da necessidade por pequenas melhorias dentro de casa, visto que as pessoas estão passando um tempo maior nas suas residências. O mercado também foi influenciado pela antecipação de manutenções durante o fechamento do comércio de rua e dos centros comerciais, conforme o último relatório do Sindicato Nacional da Industria de Cimento (SNIC).
Osvaldo Ayres Filho, CFO Global da empresa, revela que a Votorantim manteve uma dinâmica positiva e registrou receita líquida de R$ 1,8 bilhão no Brasil, com crescimento de 9% em relação ao segundo trimestre de 2019. O EBITDA ajustado no período foi de R$ 254 milhões no País, crescimento de 233% em relação ao mesmo período de 2019, principalmente em função da redução de custos decorrente do plano de contingência implementado pela pandemia da Covid-19, somado ao melhor desempenho de produtos adjacentes e melhores volumes. “As condições de mercado no Brasil foram menos desafiadoras do que o inicialmente esperado no primeiro semestre de 2020, considerando o cenário da pandemia do coronavírus. Seguimos com disciplina financeira e gestão conservadora do perfil de endividamento da companhia. Temos prazos médios de vencimentos de dívidas acima de oito anos e alta liquidez de caixa que nos permitem estar bem posicionados para enfrentar a volatilidade e incerteza oriundas essa turbulência”, afirma Ayres Filho.
Segundo ele, o mercado de cimento nos Estados Unidos e Canadá também apresentou uma dinâmica positiva durante o primeiro semestre, impulsionado por condições climáticas favoráveis e menor impacto das restrições decorrentes da pandemia nas regiões em que está presente.
Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre, alta de 40% em relação ao ano anterior, explicado principalmente pela desvalorização do Real frente ao dólar seguido pelo menor impacto da pandemia do que o esperado no setor de construção civil e manutenção da demanda do mercado. O EBITDA ajustado foi de R$ 387 milhões no período, um aumento de 33% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Na Europa, África e Ásia, em função da expansão do Covid-19, as restrições foram mais rigorosas nas áreas em que a empresa atua. Na região, o crescimento da receita líquida foi de 2% em comparação com o trimestre passado e atingiu R$ 440 milhões, impactada positivamente pela depreciação do real, que compensou a queda no volume de vendas em todos os países, principalmente devido ao cenário da Covid-19. O EBITDA ajustado na região teve retração de 33% no segundo trimestre, para R$ 67 milhões.
A receita líquida na América Latina e demais regiões foi de R$ 145 milhões no segundo trimestre, queda de 6% em relação ao mesmo trimestre de 2019.
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