Estudo da CNDL e do SPC Brasil mostra recuo na procura por crédito no País
Texto: Redação Revista Anamaco
O cenário da busca por crédito no Brasil registrou uma queda de 9,63% em julho de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024. Na passagem de junho para julho, o número de consultas cresceu 61,20%. Os dados fazem parte do Indicador de Demanda por Crédito da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que monitora, mensalmente, a evolução das consultas de crédito no País. "O crescimento mensal da demanda por crédito no mês, o mais alto já registrado na série histórica, indica um forte movimento de busca por soluções financeiras, mesmo em um cenário de retração anual”, destaca José César da Costa, presidente da CNDL.
A pesquisa mostra que o perfil do consumidor que buscou crédito no Brasil em julho é predominante é masculino, com participação de 54,37%. Na abertura por faixa etária, o público com participação mais expressiva foi de 40 a 49 anos, que representou 24,33% do total.
Entre os entrevistados, 1,74% contrataram algum serviço de crédito. Os dados mostram que desse público, 76,82% contrataram Empréstimo e 21,66% contrataram Financiamento, totalizando 98,48%.
Na análise por grupos financeiros que realizaram consultas em julho, a participação mais expressiva no Brasil foi de Intermediação monetária depósitos à vista (41,18%), seguido por Seguros de vida e não vida (23,40%), que totalizam 64,58% das consultas. No momento da consulta, 34,94% dos consumidores possuíam alguma restrição ativa. "A baixa taxa de contratação de crédito de 1,74% em relação ao total de consultas indica um alto volume de pesquisa por opções financeiras, mas uma concretização limitada de negócios”, aponta Roque Pellizzaro Júnior, presidente do SPC Brasil.
Abrindo os resultados por Região, o Sudeste apresentou a maior participação no número de consultas em julho, com 46,38%, seguido pelo Nordeste (20,92%), Sul (17,95%), Centro-Oeste (8,44%) e Norte (6,31%).
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